LIGIA MARQUES ROCHA FRANCO -
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Este figurino foi desenvolvido a partir de
três principais bases: o movimento hippie, o gênero fantasia e a alta costura
de Elie Saab.
O movimento hippie iniciado nos anos de 1960
nos estados unidos, foi um movimento que tinha como objetivo desconstruir
padrões estabelecidos pela sociedade e pelas economias capitalistas, além do
culto à natureza, a emancipação sexual, a não violência e o desapego
material... Foi chamado também de movimento de contracultura, sendo presente
até hoje em diversos locais do planeta. A fantasia, encontrada dentro dos
gêneros de ficção especulativa, apresenta seres místicos fortemente ligados à
natureza, magia, objetos e mundos inexistentes, tecnologia e conhecimentos
diferentes e tudo aquilo que foge da realidade e do comum... A imaginação, a
liberdade criativa, e as diversas formas de expressão, tanto na literatura,
quanto no cinema, na música, nas artes plásticas, nos jogos, entre outros,
tornaram esse gênero extremamente presente na vida humana. A alta costura do
estilista libanês Elie Saab, com seus tecidos leves e fluídos, transparências,
bordados, misturas de cores, delineou todo o processo criativo e colaborou na
harmonização desses três principais elementos que serviram de inspiração na
criação desse figurino.
O figurino possui uma bata, que foi tingida e
sofreu processo de aplicações de retalhos, botões, flores de plástico e plumas.
A ideia das aplicações surgiu através de influências da cultura hippie, onde
tudo é mais artesanal e reutilizado e do universo da fantasia, além disso, as
cores escolhidas também basearam-se nesse gênero fantástico. A saia,
inicialmente uma cortina já plissada, foi totalmente tingida numa mistura de
três cores, azul, verde e lilás, criando o efeito aquarelado. Um elástico foi
costurado armando por fim a saia longa e transparente. A capa que também era
uma cortina, recebeu aplicações de flores e pequenas pérolas de plástico. Através
de uma casa de botão, a capa se fixa na bata para que o figurino se complete.